quinta-feira, 3 de maio de 2012

CAMARILHAS: Uma forma de INCLUSÃO SOCIAL







Camarilha? Mas que diabos seria isso? Conversando com um amigo recentemente, ele, que também não conhecia o termo, me perguntou se eu sabia o que era. Assim como eu, ele gosta de termos ortográficos incomuns. Eu não conhecia. Realmente, é um termo incomum. Em seguida, ele me explicou do que se tratava e então, tive conhecimento de que se trata de um termo incomum para denominar um conceito bem comum na sociedade atual. Bem comum e bem PODRE.


So...let's go!


A nossa, sempre útil, Wikipedia, descreve o termo Camarilha.
Camarilha nada mais é do que uma reunião de pessoas em torno de um propósito em comum. Até aí, seria normal, não fosse pelo fato de que eles procuram promover seus pontos de vista através de intrigas e/ou conspirações. Também pode ser um grupo de pessoas que agradam, adulam o chefe de Estado ou um administrador, para influenciar suas decisões. Pessoas que cercam uma pessoa influente para tirar proveito. Pessoas que cercam alguém popular para se beneficiar de sua popularidade.

Isso me faz lembrar da Rêmora, um peixe que se agarra a um tubarão e se alimenta dos restos do que ele come, numa relação chamada COMENSALISMO. A Wikipedia também tem um artigo sobre Comensalismo.

As camarilhas são sociedades reunidas em torno de algo em comum. Como são reuniões, logo, se tratam de um COLETIVO. Por associação, concluí que: Se MATILHA, é o coletivo de CÃES, e QUADRILHA é o coletivo de criminosos, então, CAMARILHA é o coletivo de PUXA SACOS e/ou BABA OVOS.

O termo é PEJORATIVO e também pode ser sinônimo do que chamamos popularmente de "PANELINHAS".

E quem não se irrita com panelinhas? Tem como não se sentir irritado com panelinhas? Elas destroem qualquer ambiente que se frequente. Existem alguns tipos de panelinha bem populares:

- Panelinhas no trabalho: Normalmente, entram no conceito de coletivo de PUXA SACO. Comensalismo puro.
- Panelinhas na noite: Em casas noturnas, festas e bares, sempre tem. Normalmente cercando alguém popular.
- Panelinhas na familia: Sempre são motivos de discussão. E não deixam de ser conspirações.
- Panelinhas no esporte: Entram no conceito de conspiração.
- Panelinhas na sociedade: A ostentação come solta. Puxa sacos e aproveitadores sempre fazem parte.

Entre outras.

Ambientes musicais são, em determinados casos, concentrações de camarilhas.

Vamos tomar como um exemplo, os tão odiados (pelas pessoas que raciocinam, é claro) PAGODES da vida, que concentram um número infindável de camarilhas. Vá você, homem, sozinho a um pagode e tente fazer um NETWORKING pra você ver. É quase impossível! Se você não fizer parte ou conhecer alguém de uma das várias aglomeraçõezinhas maçônicas da balada, nada feito. Você não terá a atenção de nenhuma garota, será esnobado e ainda, terá que aguentar os "moscas de padaria" (não come o doce, mas também, não sai de cima dele) dos amigos das garotas fazendo graça, abraçando-as, dizendo implicitamente: "CHUPA, TROUXA!"

As micaretas também se iniciam na base das camarilhas, mas, quando vai passando o tempo e o povo vai começando a feder, as pessoas acabam se inebriando com o mau cheiro da combinação suor-urina-saliva-cerveja-sujeira e acabam por se "roçar" na primeira pessoa que aparece. Porém...desde que a pessoa esteja com a ROUPA-INGRESSO-PANO DE CHÃO SUJO, que eles chamam de ABADÁ! Então, as N camarilhas que existiam, se mesclam em uma só. O "ninguém é de ninguém" promove então, a união das camarilhas. Mas só de quem esteja usando a roupa ingresso.

Já os forrós, são totalmente o contrário. As pessoas se socializam, não há frescura. Não há panelinhas. Se você chamar uma garota pra dançar, ela vem, numa boa! Conversa e tal. Ninguém fica fazendo graça. Não há muitos "fanfarrões", como em muitos lugares.

Nos pubs, onde normalmente, temos rock 'n roll, o networking também acontece legal. Temos alguns fanfarrões, sim, mas eles são minoria. As pessoas vão a esses lugares mais dispostas a conversar e conhecer gente nova do que bajular alguém.

Universidades públicas são enormes camarilhas. As camarilhas de alunos brigam entre si (universidade X universidade), ficam querendo provar quem é melhor uns aos outros. No fundo, em sua grande maioiria, não passam de LIXO. Um lixo humano que não trabalha, Filhinhos de papai que não têm sequer uma conta pra pagar. Nenhuma responsabilidade com a vida. Frequentam a faculdade só pra ter diploma, pois não irão trabalhar e continuar sendo sustentados pelos papaizinhos. É claro que tem gente que estuda de verdade nas faculdades públicas, rala pra caramba. E são excluídos das camarilhas dos alunos que se acham os "bonzões", porque vivem fumando maconha nos campi das faculdades. E, é claro, que tem um monte de gente que acha isso o máximo.

Quem não faz parte das camarilhas é considerado LIXO, por quem está nelas. As camarilhas, sempre que podem, marginalizam o mundo exterior a elas. Agindo com crueldade, sempre que podem.

E por falar em "FANFARRÕES", eles sempre têm as suas camarilhas em volta de si. Em todo lugar onde temos um fanfarrão, tem uma galerinha de baba ovos em torno dele. E gente como eu, que PENSA, fica querendo entender o que haveria de legal em ficar bajulando gente fanfarrona. Mas, infelizmente, tem gente que o faz. E temos, de novo, o comensalismo: O fanfarrão tem gente em volta dele pra rir(?) das idiotices dele e a camarilha fica próximo desse fanfarrão pra obter alguma vantagem(?) dele. As garotas (babacas, é claro) sempre adoram dar sorrisinhos para brincadeiras idiotas dos fanfarrões, visando obter algum benefício(?) com isso.

No Facebook também, temos pessoas que têm seus perfis transbordando de amigos(?), que são, na maioria dos casos, composta por 99.9% de gente desconhecida. Antigamente, quando as pessoas usavam o Orkut, existiam vários perfis com a descrição "Lotado" e com o endereço de outro perfil que a pessoa criou para poder abrigar mais baba ovos sob sua batuta.

Isso sem contar as pessoas que assinam esses perfis de humor(?) que emporcalham a internet com piadas(?) prontas e idiotas. E 99% das pessoas (do Brasil, é claro) assinam estes perfis, pra depois, ficarem comentando sobre as piadas(?) enviadas pelo imprestável dono do perfil.

As pessoas não percebem que esses lances de TIETAGEM é pura falta de AUTO ESTIMA e AUTO CRÍTICA. É uma coisa mergulhada no RIDÍCULO.

Só que...tem gente que tem tanta falta de auto estima, que enxerga um outro lado de participar de uma camarilha. Refletindo sobre tudo que foi descrito até agora, percebemos a motivação disso: A INCLUSÃO SOCIAL.

Tem gente que se sente incluída socialmente, por fazer parte de alguma panelinha. De alguma tribo. Não há como não enxergar inclusão social em tudo que foi descrito neste post. Inclusão social esta, de gente que não tem amor próprio. Não tem personalidade. Não tem opinião formada. Não tem coragem de se expressar. Não tem coragem de tirar as máscaras que a sociedade lhes impõe o uso.

Reunir-se em torno de algo em comum é sim, uma forma de se incluir, socialmente falando.

Mas...fazer isso através da IDIOTICE é terrível.

Reunir-se em torno de alguém que estuda pra caramba, culto, inteligente e trabalhador...ninguém quer.

Vamos pensar um pouco:

Se Albert Einstein, com toda sua genialidade, fosse um estudante no Brasil do século XXI...

...haveria alguma camarilha em torno dele? Será que as pessoas assinariam o perfil dele no Facebook pra receber as atualizações, como fazem com esses perfis de humor(?) idiotas que existem por aí?

Será que alguém enxergaria benefício (objetivo da camarilha) em ler e compartilhar o que Einstein escreveria? Alguém "CURTIRIA" Einstein?





Ficam as dúvidas...



(Mas a gente já sabe as respostas, não é?)



Samuel Camilo
"Duvide de mim. Me odeie. Você é a inspiração que eu preciso."
(Hatebreed)