A Cigarra e a Formiga é um conto atribuído a Esopo (Lendário autor grego da antiguidade), sendo recontado por Jean de La Fontaine.
Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre
Um belo conto. Serve como uma lição de vida. Lição de como se deve viver a vida de forma consciente. Uma lição que deveria ser passada às crianças, na forma de conto. Mas...era um conto infantil, né? E, como todos os contos infantis, são tratados infantilmente. Com descaso. Afinal, histórias pra crianças. O que os adultos poderiam aprender com contos infantis?
Hoje em dia, a resposta é: NADA!
Para quem não conhece o conto, assista esta versão maravilhosa feita pelo genial Walt Disney:
Antes de mais nada, gostaria de reforçar uma coisa: Tudo o que escrevo aqui é a MINHA visão. MINHA opinião. Se você se sentir discriminado, que vá ler outra coisa! Tem tanto blog por aí que diz o LADO ROSA da vida. O meu diz o LADO NEGRO. Um LADO NEGRO que as próprias pessoas me mostram. Você tem a opção da escolha. Basta não ler. E, se quiser falar, que exponha o SEU ponto de vista à vontade, ao invés de ficar bancando a "política da boa vizinhança" por aqui, coisa que NÃO FUNCIONA COMIGO. Odeio gente que faz MÉDIA...
Tolo daquele que deixa de ser criticado por gente inteligente pra ser bajulado por gente idiota. Se prefere a segunda opção, como dizia uma professora minha do primeiro grau: "PROBLEMA SEXUAL SEU!"
Eu prefiro SEMPRE a primeira. Principalmente porque sempre aparecerão idiotas metidos a inteligentes que receberão as devidas respostas destruidoras. E, cá entre nós, isso é prazeroso por demais!!!
Antes de comentar (isso RARAMENTE, quando alguém tem coragem. O povo adora fingir que não lê...), pensem. A minha única intenção com meu blog é incentivar o PENSAMENTO. A ANÁLISE. Daí, a mudança...já não é comigo. Não sou DEUS.
Continuando:
Mas...o que um conto infantil da Grécia antiga poderia ter a ver com a sociedade brasileira contemporânea??
É o que irei analisar adiante...
So...let's go!
Este conto infantil narra (sinteticamente falando) a história de uma Cigarra, que vivia a cantar o tempo todo, sem se preocupar com o dia de amanhã; e da Formiga, que trabalhava estocando comida, vislumbrando os dias que viriam adiante. A Cigarra tirava sarro da Formiga, porque ela trabalhava, ao invés de se divertir. Ela considerava TRABALHAR como PERDA DE TEMPO, já que a comida estava na natureza para quem quiser pegar quando julgasse necessário. A Formiga, por sua vez, tentava alertar à Cigarra que ela estava sendo TOLA, pois os dias de inverno estariam por vir e trazendo consigo, períodos de dificuldade. A Cigarra então, não deu atenção ao alerta dado pela Formiga e continuou cantando pela vida. Até que um dia, o inverno chegou. E trouxe consigo a estiagem da comida na natureza. O tempo frio fez com que os frutos, que eram abundantes, desaparecessem. A Cigarra começou, então a PASSAR FOME. Foi então, que ela se lembrou da Formiga, e que ela estocava comida. E foi, então, bater à porta da Formiga, pedindo-lhe o que comer. Foi quando a Formiga perguntou à Cigarra, o que ela tivera feito no período de abundância de alimentos na natureza. A Cigarra respondeu, então, que passara o tempo todo cantando.
E então, a Formiga respondeu: "Passaste o período de abundância CANTANDO? Pois que DANCE agora..."
Esta é a história do conto.
Aí, vão vir os IDIOTAS DE PLANTÃO (sempre tem, né?) e vão dizer:
"Nossa! Que FORMIGA RUIM! O que custava ela dar um pouquinho de comida pra pobre Cigarrinha?"
Mas...analisando do fundo da alma. Com toda RACIONALIDADE (eu sei que é difícil pra muita gente pensar), será que seria o certo?
Existe uma tênue diferença entre você ajudar quem não tem condições de fazer algo de fato, e ajudar quem pode fazer, mas prefere não fazer.
Grande parte do Brasil gosta de viver como Cigarras. Bobos alegres. Hienas, que comem carniça e vivem rindo. E pior: transmitem isso aos seus descendentes. Um círculo vicioso, literalmente.
Eu não sou contra isso. O que eu sou contra é que essas mesmas Cigarras, fiquem RECLAMANDO DA VIDA. Transferindo a culpa de suas IDIOTICES pra Deus, pro destino, pro raio que o parta. É isso que não aceito.
Vou dar um exemplo clássico e oportuno, por estarmos em época de...CARNAVAL!
O CARNAVAL é a época de ACASALAMENTO das Cigarras. Sendo assim, Cigarra que é Cigarra, não pode faltar no Carnaval. Só que...normalmente, as Cigarrinhas ganham bem pouquinho, sabe? Elas ficam cantando pela vida e isso não dá muita grana. E, como ganham pouco, as Cigarras sempre têm muitas dívidas. E então...chega o Carnaval! A época do acasalamento! As Cigarras tornam-se CEGAS! São possuídas pelo desejo febril de acasalar! É o CIO das Cigarras! E então...vem a triste realidade das Cigarras: Não dá pra acasalar direito sem...ABADÁ! Isso! A ROUPA-INGRESSO-FEDORENTA-PANO DE CHÃO que as Cigarras usam na Festa do Acasalamento, a fim de se identificarem (talvez por isso os abadás sejam tão FEDORENTOS). Mas, a Cigarra se depara com um problema deveras grave: O preço da roupa fedida, que é 3 vezes o salário dela. E então, a pobre Cigarrinha olha pro salário de Professor Raimundo...olha pras contas (atrasadas)...e sente um desânimo de dar dó.
Mas...
...Cigarra que é Cigarra, não pode ficar sem acasalar no Carnaval! Então, esta Cigarra, que é uma Cigarra BRASILEIRA, não vai desistir tão fácil (pelo menos, disto não). Ela vai dar um jeito de comprar o pano de chão-vestimenta de acasalamento. Em sua mente vem uma lista de opções:
- Cartão de Crédito (em 12 vezes)
- Empréstimo Pessoal (36 meses)
- Leasing (60 meses)
- Nota Promissória (agiotas)
- Fazer um rateio na família, com a promessa de pagar a todos em 12 meses
- Vender as coisas de casa (TV, Rádio, Lava Louças, Lava Roupas, Geladeira, Chuveiro, etc)
- Vender o próprio corpo (independentemente de gênero)
Então, a Cigarrinha 'brahmeira' consegue ir ao Carnaval. Sem grana pra comprar uma cerveja, vivendo só 'serrando' dos amigos, comendo pão seco com água. Mas ela vai.
Até aí, TUDO BEM. Cada um com seus problemas. Quis ir? Perseverou? Analisou? Arrumou um jeito? Foi? Então, parabéns pelo seu EMPREENDEDORISMO CARNAVALESCO! Pronto e acabou...
Mas então...chega o mês de ABRIL. E com ele, a AVALANCHE DE DÍVIDAS. Dívidas estas que a Cigarra ignorou, em detrimento à festa do acasalamento sasonal. E acontece que a Cigarra cai em si e pensa (mas não conta a ninguém isso): "Que foi que eu fiz?"
Porém, o subconsciente de uma Cigarra é uma coisa espantosa. Ele faz com que este pensamento SUMA na mente dela, e coloca um outro no lugar. Um que diz:
"QUE VIDA DESGRAÇADA ESSA MINHA! NÃO TENHO DINHEIRO PRA NADA! NÃO CONSIGO PAGAR MINHAS CONTAS! NÃO CONSIGO COMPRAR NADA, POIS NÃO POSSO PAGAR! MINHA VIDA NÃO PRESTA! Ó DESTINO CRUEL! Ó DEUS, PORQUE ME CASTIGA TANTO? VOU ME MATAR!!"
Peraí...mas e o Carnaval? Você não gastou tudo que podia e não podia pra ir? Você tá afundado na vida e a culpa NÃO É SUA?
Eu CANSEI de ver essa situação.
E a hipocrisia me ENOJA. Me dá ASCO.
Muita gente BESTA vai pensar: "Mas, no conto, a Formiga só trabalha. E isso não é bom. Tem que se divertir..."
No conto, não fica claro se a Formiga APENAS trabalhava, mas fica BEM CLARO que a Cigarra NÃO trabalhava. Esse é o 'punch' da história. E eu acho que as pessoas tem que se divertir, é claro! Não podemos viver pra trabalhar, e sim trabalhar pra se viver. Eu só acho que as coisas devem ser moderadas. Não devemos ignorar a vida profissional em detrimento à diversão contínua, assim como não podemos ser totalmente 'workaholic'.
Não pode se viver é como TOLO. A Cigarra era TOLA, no conto. Ou a sociedade, mais cedo ou mais tarde, vai te absorver. Vai te matar, socialmente. Quantas pessoas você, que lê este post, conhece, não viveram a vida como TOLOS, tiveram suas vidas conscientemente arruinadas e, pior, os filhos estão sofrendo as consequências? Você acha isso justo? Eu não acho...
Muita gente prega um lema IDIOTA, e que dá a impressão se ser uma coisa bonita de se fazer:
"Viva a vida como se não houvesse amanhã"
Só que...lá no amanhã (sinto em decepcionar os TOLOS, mas o amanhã existe SIM), estão as dívidas (de todos os tipos), que, creio eu, todos nós temos. E somos nós mesmo que temos que arcar com elas. As RESPONSABILIDADES.
Devido a isso, eu me proponho a fazer uma alteração RACIONAL neste ditadozinho TOLO:
"Quando decidir cortar os pulsos, se enforcar, pular de um prédio, ou coisa do tipo, VIVA A VIDA COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ, e faça o serviço no dia seguinte"
Samuel Camilo
"Quem planta ventos, colhe tempestades..."
(Domínio Popular)
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